Saúde Digestiva




Cancro do Intestino

O que é o Cancro do Intestino?

O Cancro do Intestino ou Cancro Colorretal (CCR) é o cancro mais frequente do Aparelho Digestivo e a principal causa de morte por cancro em Portugal.

Todos os anos, cerca de 370 mil cidadãos da União Europeia são diagnosticados e 170 mil morrem.

Em Portugal são diagnosticados, por ano, cerca de 7000 novos casos de cancro do cólon e reto. Atualmente, morrem 11 portugueses por dia com este tumor.

Geralmente, este cancro desenvolve-se a partir de uma célula ou um grupo de células do revestimento interno da parede intestinal (mucosa).

Estas células multiplicam-se e organizam-se, formando um pólipo – um pequeno tumor não canceroso (benigno) – uma elevação ou projeção do revestimento interno da parede abdominal.

À medida que cresce, e com determinadas condições genéticas próprias, um pólipo pode transformar-se em cancro. Isto significa que passa a ter a capacidade de invadir tecidos vizinhos.

No entanto, é também um dos Cancros mais fáceis de evitar.

Se o rastreio e diagnóstico forem realizados atempadamente, e a patologia for detetada numa fase precoce, a sobrevivência ultrapassa os  90%.

Mas melhor do que tratar é evitar o aparecimento deste cancro.

Não se atrase no rastreio e no diagnóstico precoce.

Quando os sintomas se manifestam, a doença pode estar já muito avançada. Por isso, a partir dos 45 anos procure o seu Gastrenterologista e faça a sua colonoscopia!

 

Mas como evitar?

A colonoscopia é o método mais fiável de prevenção e de diagnóstico, cada vez mais seguro e confortável. Este exame, efetuado num intestino bem limpo e preparado, permite ao Gastrenterologista observar integralmente o cólon e o reto, através de um endoscópio.

Este método que permite simultaneamente o rastreio, diagnóstico e tratamento, leva a que com uma simples intervenção terapêutica, remover os pólipos, evitando que estes se desenvolvam para cancro.

A deteção precoce e a remoção dos pólipos permitem diminuir substancialmente a probabilidade de ocorrência da doença maligna e da sua mortalidade.

Existem diversas formas de tratamento dependendo do tipo e da extensão da doença.

O objetivo do tratamento passa por reduzir a inflamação que desencadeia os seus sinais, auxiliando no alívio dos sintomas e a estimulando a cicatrização das lesões intestinais.

Tratamento médico  corticosteroides, imunomoduladores e/ou tratamentos biológicos.

Tratamento cirúrgico operação cirúrgica, sobretudo quando há estenoses (apertos) ou fistulas que não respondem ao tratamento médico. Retirar o colon é por vezes a solução encontrada.

Porque é o diagnóstico precoce tão importante?

Os tratamentos são tanto mais eficazes quanto mais cedo a doença for diagnosticada!

O controlo da inflamação permite, não apenas um importante alívio sintomático, como reduz a necessidade de cirurgia, de uso de medicamentos mais agressivos e de internamentos.

Atualmente, registam-se atrasos no diagnóstico de mais de dois anos que impede um tratamento precoce.

Está atento/a aos principais sintomas e se detetares algum procura um médico. Com o tratamento indicado, para colmatar o impacto das DII, conseguirás recuperar qualidade de vida e ter uma vida normal.

WEBINAR “Como (con)viver com Doenças Inflamatórias do Intestino”

Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) realizou uma sessão de esclarecimento e debate, online, de acesso livre, dirigida a doentes e familiares, para assinalar o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias, no dia 18 de maio, pelas 19 horas, no Facebook da Saúde Digestiva by SPG.

Apesar de todos os avanços terapêuticos as DII continuam a ser doenças difíceis de tratar, com uma prevalência crescente, onde nem sempre é possível obter a remissão. Assim, o tratamento destes doentes tem sofrido evoluções consideráveis nos últimos anos, não só pelos avanços tecnológicos dos fármacos como também pelas estratégias da sua aplicação.

Nesta conversa foram abordadas as estratégias terapêuticas que os especialistas acreditam que têm vindo a provar impacto positivo no curso da doença, nomeadamente:

  • Importância da intervenção precoce, logo no início, com fármacos efetivos;
  • Delineação um alvo terapêutico em conjunto com o doente
  • Necessidade de manter uma monitorização adequada da doença que permita alcançar ou maximizar a possibilidade de alcançar os objetivos delineados.

Os alvos terapêuticos devem ser individualizados a cada doente, mas passam por alcançar a remissão clínica, laboratorial e endoscópica, com o objetivo último de prevenir a progressão da doença e devolver qualidade de vida ao doente ao longo do seu percurso com a doença.