A disfagia é um sintoma caracterizado pela dificuldade na deglutição dos alimentos, impedimento da passagem de líquidos, sólidos ou ambos da boca para o estômago, incluindo a própria saliva.
A tosse e engasgamento frequentes com as refeições, a perda de peso, a sensação de alimento preso na garganta ou no peito e infeções respiratórias frequentes completam o quadro de sintomas associados a esta patologia.
Existem várias causas para a disfagia, mas podem subdividir-se em três grandes grupos: doenças neurológicas, como AVC, TCE, doença de Parkinson e Alzheimer; doenças da motilidade, como Acalásia e Esofagite eosinofílica; e, por fim, obstruções mecânicas, tais como tumores e suas sequelas.
O médico gastrenterologista deve avaliar o historial clínico do paciente, incluindo o tempo de evolução dos sintomas e sinais e antecedentes pessoais e familiares. Para além disso, podem ser (ou são) realizados alguns exames complementares, nomeadamente, Endoscopia Digestiva Alta, Manometria esofágica e Trânsito Esofágico.
O tratamento da disfagia dependerá da natureza e causas deste sintoma em cada doente. Para além de medicação, a modificação da dieta do paciente e o apoio nutricional alternativo podem ser instituídos. Em casos mais severos, poderá ser necessário programas de fisioterapia com reabilitação e reeducação da deglutição ou até mesmo uma intervenção endoscópica ou cirúrgica ou colocação de sonda de gastrostomia.